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Clara e o Cão Desaparecido

Clara e o Cão Desaparecido

Nasceu em Bremen, na Alemanha, em 1966.

Estudou literatura e musicologia e trabalhou como redatora num canal de televisão para crianças.

Um dia lembrou-se de que, quando era pequena, queria ser escritora. Como poderia ter-se esquecido disso? Nesse momento, decidiu dedicar-se exclusivamente à escrita.

Desde então, vive em Berlim e escreve livros para crianças e histórias para televisão.


Ver livros do autor: Julia Boehme
É finlandesa, mas vive há muitos anos em Berlim com o seu companheiro e com o gato Luna. Em criança, gostava muito de desenhar e pintar. Tanto gostava que mais tarde estudou artes visuais na Finlândia e em Berlim; na Finlândia fez um curso de design e na Alemanha estudou comunicação visual e cinema de animação. Ainda hoje, é na produção de filmes de animação que gosta de trabalhar.

A mãe olha pela janela.

– Logo hoje, ao sábado, é que tinha de chover! – resmunga, pondo o garfo de lado.

A chuva não incomoda a Clara. Porque é que havia de incomodar?

É o tempo ideal para ir ao cinema. Acontece que, hoje, o pai vai com ela ver o novo filme de póneis. Os dois, sozinhos. Têm de partir daqui a pouco. E o que é que o pai está a fazer? Está literalmente a pôr ainda uma segunda pazada de comida no prato.

– Pai! Vamos chegar atrasados!

– Qual quê! – O pai puxa o fio que segura o rolo de carne. – Ainda temos todo o tempo do mundo!

O rolo de carne faz uma pirueta no prato. O pai suspira satisfeito.

– Na verdade, já estou cheio, mas isto está simplesmente delicioso!

A mãe abana a cabeça, absorta em pensamentos. Volta a olhar pela janela. A chuva piorou. Chove tanto que já nem se consegue ver a vedação do jardim.

– Tiago, receio que já não possamos ir hoje ao parque das aventuras! – diz.

– O quê? – grita o Tiago. Mas logo a seguir tem uma ideia melhor. – Vou com vocês ao cinema! – anuncia.

– Ainda não tens idade – explica a Clara. – O filme é para maiores de seis anos!

O Tiago faz beicinho.

– Mas eu quero ir!

– Não, não dá mesmo – responde a mãe. – Mas que tal fazermos outra coisa gira? Vamos ao aquário?

O Tiago abana a cabeça.

– Ou podemos ficar confortavelmente em casa a fazer jogos – sugere a mãe.

– Só se for com a Clara e o pai! – diz o Tiago, teimoso.

A Clara bate com o dedo na testa.

– Podes esquecer isso, Tiago! Nós vamos ao cinema, nem que tu faças o pino!

– Má! – grita o Tiago, já com lágrimas nos olhos.

– A ideia do Tiago até nem é descabida de todo – admite a mãe. – Acho melhor ficarmos todos aqui hoje. E vocês podiam ir ao cinema amanhã.

– O Tiago ganha sempre! – exclama a Clara, zangada.

– Está previsto bom tempo para amanhã e, assim, o Tiago e eu podemos ir ao parque enquanto vocês estiverem fora – explica a mãe.

– Mas eu já estava toda contente! – resmunga a Clara.

– Então, sê a nossa filha mais crescida – diz o pai com meiguice.

A Clara suspira. Nem sempre é fixe ser a mais velha. O Tiago parou de chorar e olha para a Clara, com ar suplicante.

- Está bem! – cede a Clara. – Mas amanhã vamos de certeza!

- Mas é claro! – assegura-lhe o pai. – Sabes que adiar não é anular!

    Desde que a Ana tem um lindo cachorrinho, a Clara sente-se posta de lado. Será que ainda continuam amigas ou não?

    Naturalmente, se a Clara também tivesse um cão, sempre podiam ir juntas passear com os cães… Então, tudo seria como dantes.

    Como os pais não deixam a Clara ter outro animal de estimação, resolve oferecer-se para tomar conta de cães de outras pessoas.

    É assim que começam tempos difíceis para o gato Miau e também para a Clara …


  • Tradutor Maria Lin Moniz
  • Capa cartolina plastificada
  • Nº Páginas 104
  • Formato (mm) 7 x 13 x 197
  • ISBN 978-989-696-019-3

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